segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

REFLEXÃO 7º SEMESTRE

Desde que leciono e lá se vão 20 anos, uma das questões que mais gera polêmica e motivo para debates nas reuniões pedagógicas é sem dúvida a avaliação. O que significa avaliar, como avaliar, cuidados que se deve tomar. Enfim uma gama de problematizações. Não há uma receita pronta, totalmente eficaz que diga: “esta é a forma correta de avaliar.
Contudo, chega-se a pelo menos um ponto convergente.: de que a avaliação não pode se basear apenas em notas, ou seja, uma avaliação puramente medidora. O aluno é mais do que um somatório de notas. Tal procedimento traz apenas o resultado final e não o desenvolvimento do processo, a maneira pela qual o aluno chegou até ali. A nota 60 de um aluno pode não ter o mesmo significado para outro aluno, visto que cada um constrói seu caminho ao longo do processo. Cada qual com suas limitações, avanços e entendimento muito particular.
Sendo assim é necessário o professor se avaliar constantemente e procurar estratégias que contribuam para uma avaliação justa.
Nesta interdisciplina referente a avaliação aprendemos que a avaliação deve ser qualitativa, respeitando o progresso de cada educando e não quantitativa.
E isto implica ao professor um profundo conhecimento das teorias do desenvolvimento e aprendizagem, domínio dos instrumentos de observação e diálogo metacognitivo para transformar o “erro” em um modo, um instrumento para ensinar.
É isto que falta nas nossas escolas, ampliar a visão sobre o significado de avaliação. Só assim poderemos de fato contribuir para a aprendizagem e conseqüente sucesso de nossas crianças e jovens.

domingo, 7 de novembro de 2010

REFLEXÃO 6º SEMESTRE

ESTÁDIOS DE APRENDIZAGEM

Finalizando, neste semestre darei ênfase a duas interdisciplinas com as quais pode estabelecer uma relação: Desenvolvimento da aprendizagem sob enfoque da Psicologia e Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.
A 1ª traz questões pertinentes aos estágios do desenvolvimento cognitivo e as interferências que podem sofrer pela bagagem genética e o meio pelo qual o indivíduo está inserido. Tal afirmação baseia-se nos estudos de Jean Piaget e a teoria do interacionismo.
Já a 2ª aborda os elementos mencionados anteriormente, além de toda a problemática que encontramos ao nos depararmos com um aluno que apresenta necessidades educacionais especiais. Necessidades estas decorrentes de fatores orgânicos, psicológicos e emocionais. As várias síndromes, os transtornos invasivos do desenvolvimento(psicóticos, altistas...) as altas habilidades/superdotação, deficiência auditiva, visual, mental, física, deficiências múltiplas, surdez, surdocegueira e os alunos instáveis emocionalmente são obstáculos a serem vencidos.
Sendo assim penso ser de fundamental importância que as escolas proporcionem habitualmente cursos e formação sobre psicologia na educação a fim de podermos compreender melhor este aluno com necessidades especiais. Não basta inserir este aluno na educação regular, é necessário dar todo o suporte que auxilie o desenvolvimento da criança. E este suporte passa fundamentalmente pela formação do professor. Não adianta apenas o professor se capacitar se no dia –a- dia ele não encontra o suporte para desenvolver seu trabalho.
Cada vez mais precisamos estar conectados com a informação, abertos as novas demandas que educação atual propõe, e é claro bem preparados para a condução do processo de aprendizagem destas crianças e jovens.

REFLEXÃO 5º SEMESTRE

Como entrei no PEAD na 2ª chamada, as interdisciplinas do eixo 1 foram distribuídas dentro dos eixos subseqüentes. A interdisciplina ESCOLA CULTURA E SOCIEDADE entrou no 5º semestre e é sobre esta que vou fazer minha reflexão.
Dentre os vários temas abordados, encontrei uma reportagem que ilustrava as teorias estudadas e a coloquei no blog. A questão da estrutura familiar a aprendizagem escolar. Quando fiz tal postagem não imaginava que esta seria a temática que desenvolveria no tcc.
Para fazer esta reflexão retornei obviamente ao blog e reli o que tinha escrito. A abordagem feita complementa as questões por mim abordadas no tcc.
Segundo pesquisa realizada, como relatei na síntese da reportagem, 70% do sucesso escolar está na família. Claro que a escola exerce um papel importantíssimo, contudo a base está na família, a 1ª instituição, o 1ºgrupo social pelo qual passa todo o ser humano. E quando se fala em família não se está fazendo referência a constituição tradicional, já que atualmente há muitos modelos familiares. O importante não é a configuração mas sim os aportes afetivos, morais e éticos que ela seja capaz de passar a seus membros.
Conforme a pesquisa independente da sua configuração,a família terá um desempenho melhor do que aquele que não a tem. Além disso, a experiência na área comprova que aquele que no cotidiano conta com o acompanhamento dos responsáveis apresenta um desempenho melhor. E isto independe da faixa etária. Nos primeiros anos o acompanhamento deve ser diário. A pré-adolescência é outro período diferenciado que também merece atenção especial.
Também conforme a pesquisa, o nível de escolaridade do pai e da mãe, a renda familiar, o tipo de moradia e o acesso a bens culturais estão entre os principais fatores que contribuem como resultados escolares. Todo o resto acaba derivando disso. Os levantamentos mostram que o aluno já chega à escola com diferenças que fazem com que ele tenha resultados maiores ou menores. Ou seja, sua condição e estrutura familiar já o colocam em vantagem ou desvantagem desde o início do Ensino Fundamental.
Tal pesquisa contradiz o que dizem outras fontes sobre as quais norteei meu tcc, o fato de que o nível sócio-econômico não é preponderante no sucesso escolar dos filhos, visto que mesmo em famílias de baixa renda, muitas delas demonstram preocupação com um bom desempenho escolar de seus filhos, procurando serem participativas na condução do processo.
Creio que as duas linhas de pensamentos têm seus acertos. O nível sócio – econômico influi à medida em que a criança tem mais acesso a outros grupos sociais, possibilitando diversas interações e com isso ampliando sua visão do cotidiano, do espaço. Porém famílias que não podem oferecer a seus filhos os mesmos recursos, mas que têm consciência do que significa a educação para o desenvolvimento da criança saberão criar estratégias para suprir estas limitações, incentivando, por exemplo, que a criança participe de atividades diferenciadas que a escola proporcione, como saídas de campo, passeios, teatros, feiras, entre outros.

Reflexão 4º semestre

No 4º semestre dentre as interdisciplinas desenvolvidas, gostaria de destacar a representação do mundo pelos Estudos Sociais.
Dou ênfase a esta interdisciplina por ser a que tenho maior identificação. Como relatei em uma postagem do blog, Geografia e História sempre foram minhas disciplinas favoritas. O interesse em conhecer sobre outros lugares, seus aspectos históricos, culturais, humanos, geográficos me ir em busca de conhecimento através dos livros, revistas, programas de TV é algo que sempre me fascinou. Além do que sempre tive motivação em casa. Este interesse, por assim dizer, foi alimentado em boa parte pelos meus pais que costumavam ler à respeito, responder às minhas perguntas,contavam seus saberes.
Levei este gosto para minha prática pedagógica, contudo desenvolvia minhas aulas de forma muito tradicional, da mesma forma com a qual aprendera. Memorização de conteúdos e não assimilação pela construção, pela interação, pelas vivências trazidas anteriormente. No entanto a resposta obtida era muito diferente. Eu apesar de ter sido ensinada de forma tradicional, tinha o interesse de ir além e o fazia por conta própria. No entanto não observava o mesmo dos alunos. Não havia curiosidade por parte deles em conhecer, saber sobre o cotidiano que os cercava e tampouco suas origens. É uma questão cultural. Não possuem uma referência. Além do mais estão acostumados a receber tudo, a terem suas necessidades principais atendidas, mesmo que de forma precária, graças ao assistencialismo que domina as esferas da política brasileira.Contentam-se com o pouco. Não sentem-se parte integrante da sociedade, portanto se eximem de qualquer compromisso, de qualquer responsabilidade. Só existe o mundo em que vivem. Foi a esta conclusão que cheguei e partindo dali busquei novas estratégias para que os alunos entendessem o significado e a importância desta disciplina. E então ao introduzir cada novo conteúdo, procurava associá-lo ao conhecimento prévio dos alunos. Os resultados obtidos foram aos poucos melhorando, porém ainda está longe do ideal, pois as vivências que os alunos têm são pouco consistentes.
Sigo, porém esta linha, pois é desta forma que os conteúdos se aproximam dos alunos, tornando a aprendizagem mais significativa e interessante. E é neste ponto que a interdisciplina vêm me ajudando a aperfeiçoar minha prática. Através de uma fundamentação teórica consistente e não apenas apoiada na minha experiência, posso tornar as aulas mais prazeirosas e proveitosas, fazendo desta forma, que o objetivo a que os Estudos Sociais se destina, seja devidamente alcançado, transformar situações pela atuação cidadã dos alunos.

domingo, 10 de outubro de 2010

REFELXÃO 3º SEMESTRE

3ª POSTAGEM

De todas a s novas aprendizagens que obtive neste semestre a mais significativa foi sem dúvida a disciplina de Tics. Quando iniciei o curso de pedagogia fiquei feliz mas a o mesmo tempo apreensiva, pois o curso baseado todo nesta tecnologia se constituía em um grande desafio para mim. Minha familiaridade com o computador era apenas em digitar textos no word e mais nada. Nem e-mail eu tinha. É claro comecei com muitas dificuldades.
Ao iniciar a disciplina, as impressões que tinha é que não conseguiria domina-la, tanto eram as informações. Mas a persistência e ajuda constante da tutora foram fazendo com que eu superasse as dificuldades. Não apenas profissionalmente mas também pessoalmente a disciplina veio acrescentar a muito a minha aprendizagem. Descobri novas possibilidades . Desenvolvi uma nova autonomia quanto ao uso desta tecnologia. Hoje quando trabalho na sala de informática com meus alunos, consigo ajudá-los, orientá-los, pois tenho o domínio de algumas ferramentas. Quando a colega de laboratório ou outra colega mais familiarizada com esta tecnologia conversa comigo ou me explica algo, já consigo discernir, compreender melhor. Com certeza a Flávia do início do PEAD e a Flávia de hoje, concluindo o curso são bem diferentes. Obviamente tenho muito a descobrir, mas avancei bastante, já não é mais um universo distante, desconhecido, incompreensível. Me sinto como alguém que depois de adulto adquiriu a apropriação e conhecimento da leitura escrita e portanto está mais segura para interagir com o mundo que o cerca, já que agora tem um comportamento diferenciado, mais questionador, autônomo e não mero expectador, sem consciência crítica dos fatos e de sua ação sobre o meio.

REFLEXÃO 2º SEMESTRE

2ª POSTAGEM

A maior contribuição que este semestre me proporcionou esteve relacionado às disciplinas de Escola Projeto Pedagógico e Currículo e Teatro, uma vez que em 2007 tinha era entre outras atribuições responsável pelo grupo de teatro da escola.
Quanto a 1ª disciplina, nesta época estávamos refazendo o PPP. Os textos abordados nesta disciplina, as reflexões realizadas forma muito úteis nas reuniões realizadas na escola. Auxiliaram no aporte teórico que necessitávamos para direcionarmos o caminho na construção do documento da escola. De minha parte me senti mais segura para poder dar minha contribuição na elaboração do projeto. Necessitávamos de novas idéias, novas teorias, mais modernas, contemporâneas, que correspondessem e atendessem a realidade da educação atual.
No que se refere a disciplina de teatro, só veio a acrescentar e enriquecer as atividades que vinha realizando. Baseada na teoria recebida pude repensar minha prática. Constatei que em muitos aspectos estava agindo corretamente. Outras atividades, porém, percebi que poderia desenvolver de forma diferente. E assim foi o que fiz quando iniciamos o ano letivo de 2008. Continuei com o projeto e pude aplicar na prática o que tinha aprendido anteriormente.

REFLEXÃO 1º SEMESTRE

1º SEMESTRE

Compararia as aprendizagens realizadas neste semestre com um aluno que está iniciando o processo de alfabetização, descobrindo o mundo das letras, o seu significado. Tudo é novo, surpreendente. À medida que o processo tem continuidade o aluno vai compreendendo o significado dos seus códigos, realiza associações.
No meu caso ao estudar sobre os fundamentos da alfabetização, fui no decorrer da disciplina compreendendo como se dá este processo, como a criança interage, interpreta. Um mundo novo se abriu para mim, já que nestes anos de magistério nunca trabalhei com classes de alfabetização, apenas com séries maiores (antigas 3ª, 4ª e 5ª séries). Também no início da minha carreira docente, atuei com 2ª série. No entanto, como tive uma turma que já recebi, em sua maioria com bom domínio da leitura e escrita, era só seguir o processo. No que se refere a este assunto, reflito sobre os poucos alunos de 2ª série que não estavam alfabetizados. Por inexperiência e falta de conhecimento, não consegui ajudá-los a superarem suas deficiências. Penso que se tivesse mais experiência e também mais embasamento teórico, como recebi nesta disciplina, compreenderia melhor as dificuldades de aprendizagem e encontraria novas estratégias que pudessem ajuda-los a encaminhar melhor o processo de alfabetização.
Enfim, familiarizada com estas teorias, tendo conhecimento destes fundamentos, mesmo não trabalhando com turmas de alfabetização, agora posso ter um melhor entendimento do que se processa com dois de meus alunos de 4º ano e que não estão alfabetizados. O fato de não terem conseguido assimilar o processo se deve entre outras coisas na falha da condução do processo. Falha, talvez não seria a palavra correta,mas enfim conseqüência de outros elementos sociais, culturais e até econômicos que interferem no processo do letramento e por sua vez no desenvolvimento da alfabetização.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Repensando a maneira de trabalhar a divisão

Nesta reflexão vou abordar o trabalho que estou desenvolvendo sobre divisão a as dificuldades encontradas por meus alunos.
Ao iniciar este conteúdo, trabalhei de forma bastante concreta usando especialmente as unidades do material base 10 e histórias representadas por meio de desenhos. Após, fui fazendo a transição para a representação através dos numerais. Ao meu ver o processo estava entendido, já que estavam realizando os cálculos de forma correta, mesmo que realizando ainda operações concretas como auxílio para resolução dos problemas.
Entendo que poderia avançar e portanto trazer cálculos maiores onde se usa um numeral de cada vez. Para minha surpresa os alunos encontraram dificuldade muito grande, não conseguindo entender o processo. Descobri que o processo da divisão ainda não está assimilado como deveria. Por isso retomei o conteúdo.
Na minha concepção já havia acontecido a compreensão de todo o mecanismo da divisão e portanto já poderia partir para a operação abstrata. Creio que cheguei a esta conclusão pois quando tinha a antiga 4ª série onde já se desenvolve a divisão por dois números não necessitando mais trabalhar o concreto. Esta mudança de série para ano por vezes nos fazem por vezes esquecer que 4º ano e 4ª série não são sinônimas. Foi isso que aconteceu, visualizei o 4º ano como se fosse uma 4ª série e portanto considerei o mesmo nível de desenvolvimento das operações, já partindo para o abstrato.
Como disse em outra oportunidade, da mesma forma que nosso alunos vão adquirindo o saber, nós também partimos dos erros, das respostas de nossos alunos para repensar nossa prática e aperfeiçoá-la em situações como esta.

sábado, 19 de junho de 2010

Informática na sala de aula, ainda um desafio para mim nquanto docente

Estes quase 4 anos de universidade, me trouxe muitas aprendizagens, muita satisfação e algumas inquietações.
A satisfação está no fato de que certas teorias e discussões levantadas vieram confirmar o que já fazia na prática. Afinal pelas respostas que os alunos iam dando ao que propunha, percebi as necessidades de mudar minhas estratégias.
As aprendizagens foram proporcionadas especialmente pelo embasamento teórico recebido.
No entanto, ainda há alguns aspectos a melhorar. Me refiro a apropriação das ferramentas tecnológicas. Como já coloquei em postagem anterior, superei várias dificuldades, evolui no domínio destes recursos no que se refere ao aspecto pessoal. Porém ainda não me sinto segura para trabalhar com os alunos. Para mim ainda é difícil elaborar uma aula onde os alunos possam fazer uso destes recursos. Preciso buscar maiores subsídios para desenvolver uma boa aula virtual, onde os alunos realmente aperfeiçoem a aprendizagem, dominem este saber e como conseqüência utilizá-lo posteriormente nos diversos aspectos de suas vidas. Não quero apenas uma reprodução no computador do que é feito na sala de aula com as ferramentas tradicionais (quadro, giz, caderno, etc). Este é meu desafio daqui pra frente.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PASSEANDO POR NOVO HAMBURGO

A semana que passou apesar de curta em função do feriado foi bastante significativa e proveitosa. Com certeza muitas aprendizagens se realizaram, afinal finalmente o passeio pelo centro de Novo Hamburgo, tão aguardado, se concretizou.
Pude observar o quanto o passeio foi esclarecedor para a grande maioria, já que as informações passadas em sala de aula puderam ser visualizadas. E sabemos muito bem que ao visualizar, interagir, sentir-se dentro do contexto, traz ao aluno muito mais significação, muito mais sentido.
Trabalho em uma realidade bastante precária e a visão de mundo que meus alunos tem é muito limitada. As vivências fora da comunidade na qual vivem são muito restritas.
Desta forma, ao proporcionar um passeio que aos olhos de outros possa parecer corriqueiro, para estas crianças é fundamental, pois é uma forma de ampliar seus horizontes, fazer com que lancem um olhar para além dos arredores da escola, da sua casa, enfim da comunidade onde estão inseridos.
Alguns já conheciam o centro da cidade, todavia não tinham percebido muitos lugares como igrejas ou monumentos existentes na conhecida “Praça das Pombas”, na verdade Praça do Imigrante. Esta constatação está nos relatos que fizeram oralmente através dos questionamentos que propus, depois que retornamos para a escola. Um aluno me disse: “ Ah professora! Eu vou no centro com a minha mãe, passo pela Praça das Pombas mas não tinha prestado atenção que tem estátuas e monumentos. A gente passa muito ligeiro.” Outra aluna falou: “Eu não sabia que tinha uma igreja tão grande”, referindo-se a Catedral São Luiz. Essa fala das crianças retrata o momento que estamos vivendo. Um cotidiano extremamente imediatista onde não temos tempo para parar observar, conhecer, reconhecer se quer o lugar onde vivemos. Isto resulta na perda de identidade, de referenciais históricos que nos façam compreender o presente e valorizar nossa terra, nossas origens. Nos valorizarmos enquanto povo, enquanto cidadão. Mais do que nunca é imprescindível a escola redimensionar a importância dos Estudos Sociais no cotidiano da sala de aula. Aqueles que estavam indo para o centro pela primeira vez, acharam tudo muito bonito, diferente, tudo era novidade. Aos poucos foram percebendo que o bairro Santo Afonso, que o centro são partes de um mesmo espaço chamado Novo Hamburgo mas com suas peculiaridades.
Finalizando, a grande unanimidade foi o Espaço Cultural Albano Hartz. Lá puderam admirar obras de um dos mais renomados artistas plásticos hamburguense: Marciano Schimitz. Meus alunos ficaram encantados com os quadros expostos. Chamaram a atenção para o tamanho dos mesmos e os detalhes das pinturas. Uma aluna me disse: Profe parece de verdade. Como ele consegue pintar assim? Os alunos demonstraram muita sensibilidade pois sentiram-se tocados pela arte. Cada vez mais me convenço que necessitamos proporcionar as nossas crianças vivências como esta. Quando ocorre o estímulo, as potencialidades vem à tona. Vamos dar oportunidade à nossas crianças. Elas tem muito a aprender e muito a nos ensinar também.

ALUNO COM DÉFICIT DE APRENDIZAGEM

Como coloca Jean Piaget é pelo interacionismo que a criança constrói sua aprendizagem . A sua capacidade cognitiva associada aos estímulos externos que recebe, as vivências, experiências e as condições que lhe são proporcionadas contribuem para que o processo se construa.
É imprescindível relacionar a alfabetização com o letramento a fim de que a criança perceba a importância, o significado do mundo das letras.
Todavia, quando tais estímulos e condições ideais para o desenvolvimento pleno da criança aliada ao déficit cognitivo, a aprendizagem não acontecerá de forma satisfatória. Trago este assunto visto que em minha turma tenho um aluno multi repetente, 14 anos. Ele não consegue acompanhar os demais colegas, mais novos. Lê com muita dificuldade. O mais grave está na escrita, já que não consegue escrever quase nada. Cheguei a pensar que talvez a letra cursiva seria um empecilho para que conseguisse escrever. Solicitei que usasse a letra script ou escrevesse tudo com letras maiúsculas. Para minha angústia, aconteceu o mesmo. O menino escreve apenas o que está memorizado. Apesar da minha pouca experiência com alfabetização posso afirmar que ele não é sequer pré-silábico. Coloca as letras aleatoriamente.
Este menino precisa de um atendimento especializado (psicológico, psicopedagógico), a fim de que se tenha um perfil deste aluno que explique o porquê de tanta dificuldade. Ele não tem nenhum laudo médico. Veio para a escola na 2ª série e segundo uma colega que foi sua professora, onde estudava anteriormente a mãe fazia os encaminhamentos necessários. Na troca de escola, porém, ela não deu prosseguimento ao tratamento e “abandonou” o filho neste sentido. Como conseqüência ele não se desenvolve.
Minha reflexão é a seguinte: o que fazer, como fazer se o meio em que vive não oferece condições para avançar na aprendizagem. Como avaliar um aluno assim? Aprová-lo? Mas em que condição? Reprová-lo? Nada acrescentará, permanecerá estagnado. Nestes 20 anos de sala de aula, creio que este está sendo um dos casos mais complicados. Me sinto angustiada por não conseguir ajudá-lo. Como será o futuro deste menino?

sábado, 22 de maio de 2010

NOVAS APRENDIZAGENS

Uma das coisas que mais tem sido significativo para mim e contribuído para minha aprendizagem, são as aulas de reforço que realizo no turno contrário a minha turma. As aulas acontecem uma vez por semana durante toda a tarde. Atendo 3 anos distintos. São alunos do 2º, 3º e 4º ano do Ensino Fundamental de 9 anos.
Desde o ano passado vivo esta experiência. Me refiro especialmente ao 2º ano (correspondente a 1ª série), visto que é neste período que se inicia a alfabetização. Sempre trabalhei com a antiga 4ª série (16anos) e também 3ª e 5ª série. Séries nas quais teoricamente o aluno já vem com a escrita e leitura dominadas, cabendo a nós, oferecer subsídios para o aluno aperfeiçoar tais saberes e iniciar outros.
Trabalhando com estas séries e agora anos, não sabemos como o aluno construiu sua aprendizagem, as hipóteses que formulou para atingir o domínio da leitura e escrita.
Agora, acompanhando os alunos que estão neste processo de construção, torna-se mais compreensível certas deficiências, certas carências que alguns alunos levam para os anos seguintes. A apropriação da leitura e escrita é um processo muito complexo e requer do educador além do conhecimento teórico, muita sensibilidade para perceber o que o aluno necessita e construir, portanto, estratégias para que o aluno descubra o significado do mundo das letras, do mundo das palavras.
Mais do que nunca, lembro do que falava uma ex-diretora minha. De que toda a professora deveria passar pela 1ª série (atual 2º ano), para compreender como os alunos descobrem e se apropriam deste saber.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A HORA DO CONTO AINDA ENCANTA

Nesta reflexão semanal gostaria de me deter neste assunto. Em uma época em que a agressividade se manifesta de forma cada vez mais violenta, dentro do ambiente escolar e fora dele, e tendo como protagonistas alunos cada vez menores, a que se destacar quando os alunos ainda se deixam encantar por histórias de contos de fadas, de magia e encantamento.
Nesta semana levei meus alunos para um momento diferente. Eles foram assistir a uma hora do conto em uma escola vizinha, a qual promovia sua Semana Literária.
Espectadores atentos, não perderam um só detalhe da narrativa, um só movimento da contadora. E o mais importante: identificaram a mensagem que a bela história da joaninha quis passar. A mensagem de que o importante é a amizade, a partilha, a solidariedade e não o egoísmo. Claro que a maneira como a história foi contada, envolvendo alguns recursos e também a performance da narradora contribuiu para prender a atenção dos mesmos. No entanto, no meu ponto de vista, quando a criança se deixa envolver, se deixa levar, por uma história é porque sua sensibilidade, sua ingenuidade estão ali prontas para serem tocadas, envolvidas.
Minha colega que desenvolve a hora do conto semanalmente, já havia me falado da atenção que meus alunos dedicam a este momento, ouvindo, participando, interagindo. Isto me deixa muito feliz e motivada a ir além, proporcionar mais momentos como este. E não necessariamente levando-os para outros eventos, mas no dia-a-dia da sala de aula.
Partindo deste pressuposto devemos investir em momentos como este, a fim de recuperar o que está se perdendo atualmente: a capacidade de se emocionar, de sonhar, de sentir.
Enquanto educadora cabe a mim investir mais em literatura, proporcionar aos meus alunos várias formas de leitura para que desenvolvam a habilidade da escrita, da interpretação, da leitura fluente. Mas principalmente que os alunos percebam que o mundo dos livros, das histórias tem muito a lhes oferecer. Entre elas resgatar valores morais, éticos. Resgatar a pureza que cada um traz consigo em detrimento do lado perverso que está banalizando-se.
Relato aqui a reflexão semanal que postei no pbwiki por considerar que cabia também como relato de aprendizagens. Através de uma experiência com meus alunos acrescente a minha aprendizagem enquanto professora.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

INTERDISCIPLINARIDADE

Um dos desafios da educação hoje é o desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar.
No decorrer dos anos a educação deu-se de forma segmentada. No entanto em muitos momentos as disciplinas se interligam. Um mesmo assunto pode aparecer em mais de uma disciplina só que analisada, estudada sob outro enfoque. Mas um complementa o outro.
O que nos deixa apreensivas enquanto educadoras é encontrar este elo, esta ligação. Ao falar-se em interdisciplinaridade pensamos que devemos fazer com que aconteça de qualquer forma. Acabamos cometendo um equívoco. Forçamos algo acontecer, o que acaba interferindo na aprendizagem de forma negativa, pois ficam lacunas. A interdisciplinaridade tem que acontecer naturalmente.
A maneira como elaboramos nosso planejamento, objetivos e temáticas que elegemos é que trarão esta interdisciplinaridade. Este processo se constrói paulatinamente da mesma forma como acontece com as crianças que adquirem e se apropriam da leitura e da escrita.
Faço esta afirmação pois este é o processo que vivencio no momento. O desafio de trabalhar interdisciplinarmente. A minha dificuldade maior é estabelecer ligação entre assuntos referentes a Ciências e Estudos Sociais. Nem sempre é possível haver a interdisciplinaridade.
Já entre Estudos Sociais, Português e Matemática tenho conseguido um resultado melhor. Por exemplo: estou trabalhando nesta semana a criação do planeta e o surgimento do homem em Estudos Sociais. Aproveitarei para trabalhar a história dos números. Um assunto está complementando o outro. Em português aproveito o conhecimento adquirido nas temáticas abordadas para o desenvolvimento da leitura, escrita, interpretação.
É mais um aprendizado nesta longa caminhada como docente. Aprendendo com os alunos, aprendendo com os erros, aprendendo com a teoria, aprendendo com a prática.

terça-feira, 27 de abril de 2010

CONTEÚDOS – O QUE O ALUNO PRECISA SABER, O QUE É RELEVANTE NOS DIAS DE HOJE?

É comum ouvirmos tanto dos pais, pessoas em geral e nós próprios enquanto professores, que o ensino atual está aquém das expectativas, inoperante, não contempla os saberes que o aluno deve desenvolver. Trabalhamos cada vez menos conteúdos e cada vez mais as respostas não são satisfatórias, apesar do nível de exigência ser menor.
Eu mesma no decorrer da minha prática docente fui modificando, adaptando e até mesmo retirando conteúdos do que estava programado para a série ou ano como é a nova nomenclatura. Assim fui agindo porque percebia total desinteresse dos alunos e como conseqüência a não aprendizagem.
Lembro que quando estava na antiga 4ª série ou 5ª série, aprendia praticamente as dez classes gramaticais. Em matemática as expressões numéricas. Cito estes conteúdos para usá-los como exemplo. Mesmo não gostando, estudávamos, procurávamos aprender. Sabíamos que se não demonstrássemos interesse, empenho, não iríamos adiante. O sucesso na escola era a oportunidade de um futuro bom. Os alunos se adaptavam ao que a escola propunha.
E com esta visão iniciei no magistério. Nos primeiros anos me desesperava quando meus alunos não sabiam diferenciar verbo de substantivo, por exemplo. Aos poucos fui me dando conta de que não adiantava insistir em um conteúdo ou metodologia tradicional. Os alunos mudaram.
Hoje ocorre o contrário. A escola é que deve se adaptar ao que propõem os alunos. É imprescindível que a escola e, por tanto os conteúdos, venham de encontro a demanda atual. O que é relevante? O aluno identificar verbos ou construir frases claras, criativas?
Todavia não se pode nivelar a educação por baixo e não corrigir os erros das crianças ou deixar que construam sozinhos seus saberes, permitindo que a aprendizagem se restrinja ao interesse do aluno apenas. Por exemplo: um aluno de 4º ano precisa concluir esta etapa lendo fluentemente, interpretando textos, construindo frases claras, sabendo o uso da letra maiúscula e pontuação, além do domínio das 4 operações dentro do seu nível de aprendizagem.
O que se vê hoje,( e eu tenho pelo menos um caso assim nas aulas de reforço) é um aluno do 3º ano que não sabe ler, aluno de 10 anos que não sabe sequer o número do telefone de casa ou um aluno de 2º ano não conhecer o alfabeto.
Onde está o problema? Onde a educação se perdeu? Como resgatar certos saberes? É algo para se refletir e agir.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

LENDO NOTÍCIAS, ESCREVENDO SEUS TEXTOS



Aqui um dos trabalhos realizados com o jornal. Este é o rascunho. O cartaz que reune os textos dos alunos será postado depois visto que ainda não recebi de todos os pais as autorizações pra publicação de imagem.

COMENTANDO AS IMAGENS ANTERIORES

Como mencionei no relato anterior está aqui publicado o mural que confeccionei com os alunos a fim de que os mesmos possam ter um melhor entendimento sobre como um jornal é dividido como as norícias são dispostas e que nome se dá as frases escritas com letras em negrito e maisúsculas bem como o porquê de se escrever desta forma.

CONHECENDO O JORNAL



APRENDENDO COM OS ALUNOS

Como dito anteriormente Novo Hamburgo lançou um projeto para trabalhar o jornal na sala de aula. Relatei também a visão que tinha com relação ao nível de compreensão dos alunos sobre o conteúdo do jornal.
Pois bem, ao iniciar o projeto percebi algumas questões. Alguns alunos ainda não demonstravam familiaridade com o jornal, não conseguindo dimensionar realmente sua função. Outros alunos escolheram notícias aleatoriamente, sem ter conseguido voltar sua atenção para algo específico. Ao passo que outros alunos conseguiram selecionar aquela que pareceu mais importante, do interesse da comunidade ou de alerta para algum fato. Me chamou a atenção a variedade de notícias escolhidas, pois geralmente as páginas policiais são as mais procuradas.
Contudo, de forma geral os alunos demonstraram em um primeiro momento dificuldade em resumir a notícia oralmente, contar o enredo principal. Quando a professora solicitou que lessem a notícia escolhida, alguns alunos consideraram que ler a manchete seria o suficiente, entenderam que a notícia se resume a manchete.
Então, na aula posterior trabalhei com os alunos uma espécie de oficina a fim de que eles conhecessem o jornal. Após a livre leitura, pedi que colocassem o jornal sobre a classe a fim de fazermos o reconhecimento de suas partes. Fui explicando como o jornal se divide, cada seção, o que observa-se na capa. Montei um cartaz com o que expliquei para facilitar o entendimento.
Passado um mês deste trabalho já consegui perceber uma pequeno crescimento dos mesmos. Cito aqui a atividade que desenvolvi para evidenciar este crescimento. Pedi que procurassem notícias sobre Novo Hamburgo, já que estávamos na semana do aniversário da cidade, e as lessem. Após, deveriam escolher uma delas e anotar o que mais chamou a atenção. Alguns alunos já conseguiram retirar da notícia as informações mais relevantes, através de frases próprias.
Com este trabalho mais uma vez pude constatar que a aprendizagem é um processo contínuo, crescente. Não podemos, diante da primeira resposta negativa, subestimar a capacidade do aluno, acreditando que não possuem condições de realizar determinada tarefa. O processo é lento sim, mas cabe ao professor ser persistente e procurar outras estratégias para alcançar os objetivos propostos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O JORNAL COMO FERRAMENTA DE ENSINO

É incrível como aprendemos e descobrimos coisas novas a todo momento. Nos surpreendemos a cada dia com coisas que para nós são tão óbvias e para os nossos alunos não. Quando isso acontece, temos que parar e refletir se ao planejarmos nossas aulas estamos levando em consideração nossas habilidades e experiências ou as deficiências e saberes dos alunos.
Faço tal afirmação baseado no trabalho que estou desenvolvendo com os alunos relativo ao jornal. Este ano, Novo Hamburgo em parceria com a Feevale outras instituições de nível superior e o Grupo Editorial Sinos, lançou o projeto “Jornal na sala de aula” para alunos do 4º ano em diante.
Todas as 2ªs feiras cada aluno recebe um jornal para leitura e posterior atividade orientada pela professora. Ao planejar a 1ª aula imediatamente imaginei que os alunos estavam à vontade e saberiam usá-lo naturalmente, sem dificuldades, afinal o jornal é um instrumento acessível e sempre presente nas escolas.
Para minha surpresa os alunos demonstram dificuldade em identificar e localizar notícias, compreender e sintetizar a idéia principal, identificar onde termina uma notícia e começa a outra. Para mim foi um aprendizado. Aprendi com a dificuldade deles. Na aula seguinte fiz um planejamento baseado nestas dificuldades que verifiquei na primeira experiência com o jornal.
Tantas vezes trabalhei com o jornal sob um enfoque diferente em relação ao trabalho atual e não percebi tais deficiências. Me pergunto: será que as outras turmas apresentavam estas mesmas dificuldades, e eu por certas razões não percebi, ou as turmas anteriores não apresentavam estas deficiências?
Enfim, cabe ao educador questionar, refletir eternamente. No decorrer do semestre relatarei o que venho desenvolvendo com o jornal desde o primeiro trabalho, bem como os avanços já aos poucos obtidos.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES ACERCA DO ESTÁGIO

Bem, chegamos a reta final do nosso curso. Com ele a expectativa de que tenhamos um bom desempenho.
Apesar de anos de experiência, me sinto bastante ansiosa por dois motivos: primeiramente por colocar sob avaliação a minha prática pedagógica ao longo deste tempo. Me questiono se tudo que desenvolvi até agora trouxe realmente aprendizagem para os meus alunos. De que forma contribuí de fato para que progredissem nos anos posteriores. O que ensinei foi relevante, significativo, trouxe o embasamento necessário para dar um bom prosseguimento no futuro escolar?
Creio que cometi acertos e erros também. Todavia me tranqüilizo a avalio meu trabalho de forma positiva, pois sempre procurei me esforçar ao máximo enquanto educadora e passei aos meus educandos aquilo em que acreditei.
Durante quatro anos de estudos, de discussão de teorias e práticas, percebi que estava no caminho certo, o que me faltava era um maior aprofundamento das questões trabalhadas. Aprofundamento este adquirido durante estas trocas enriquecedoras com professoras e tutoras.
Outro aspecto que me faz ficar ansiosa é o fato de ser necessário teorizar a prática diária, o meu cotidiano profissional. Sabemos o que queremos dos nossos alunos e o que eles necessitam mas evidenciar teoricamente esta prática me parece num primeiro momento complicado. Me pergunto se vou conseguir explicar de forma consistente o que nossas orientadoras desejam saber.
Colocando aqui estas impressões me reporto às primeiras aulas, quando tivemos um intensivo para sabermos utilizar as ferramentas tecnológicas necessárias para o curso, algo totalmente desconhecido para mim: blog, pbwiki, rooda. Lembro que entrei em desespero por me achar incapaz de dominar tais recursos. Hoje estou aqui, finalizando mais uma etapa na minha carreira profissional e feliz por ter superado mais um obstáculo. Sendo assim penso que devo usar esta experiência anterior, o resultado positivo que obtive como incentivo para vencer esta “corrida”. Mais um medo, mais uma angústia que tenho que superar. Tenho que olhar para traz e ver tudo o que já consegui até aqui, seja na vida pessoal, profissional e pensar: “sou capaz”, “vou conseguir”.