domingo, 8 de novembro de 2009

CONHECIMENTO CIENTÍFICO E ESCOLA INCLUSIVA

Retomando a entrevista com o professor Fernando Becker lhe é perguntado sobre a viabilidade da escola inclusiva na aprendizagem dos alunos especiais e como o conhecimento científico pode contribuir nesse processo. Fernando Becker coloca que ao contrário do que se pensava no passado, a criança com dificuldades de aprendizagem tem condições sim de se desenvolver. E essa afirmação que dá são as psicologias do século XX pois diz a mesma diz que o ser humano cresce à medida que assimila as diferenças e produz respostas próprias a essas diferenças. A crianças com dificuldade tem, portanto, que estar convivendo com outras crianças.
Porém, o professor faz uma reflexão: adianta incluir uma criança surda na turma de aula? E a criança cega ou com síndrome de Down? Estarão elas em condições de igualdade com os demais colegas? Que tipo de tratamento oferecerá as mesmas oportunidade de crescer, de se desenvolver? Como uma criança surda vai aprender sem a presença de um tradutor intérprete de Libras? Ao levantar tais questões o professor Fernando Becker coloca em xeque-mate as políticas públicas quanto a educação inclusiva. A sua prática exige medidas administrativas nada simples e dispendiosas. E no momento em que se fala em gastos, o discurso de uma escola inclusiva e sua prática torna-se deficitário, ou seja, um discurso generalizado mas com uma prática ineficiente.

AVALIAÇÃO PARA ALUNOS NÃO OUVINTES

Segundo Fernando Capovilla, professor do Instituto de Psicologia da USP, o melhor modelo para o aluno surdo está na articulação entre a educação principal em libras e o português escrito na escola específica para surdos e a educação complementar com inclusão na escola comum.
Infelizmente a avaliação sistemática da educação especial vem deixando a criança com deficiência à margem do processo e de seus benefícios, incluindo também a educação para surdos.
A ausência de dados à respeito inviabiliza a avaliação sistemática dos resultados das políticas que tem tido forte impacto sobre a vida das crianças. A desativação das escolas específicas para surdos e a disperção destes educandos para a escola comum que geralmente não estão preparadas para inclusão, prejudica a evolução dos educandos.
Para tentar atenuar o efeito dessas políticas foi criado pela USP o PROGRAMA DE AVALIAÇÃO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DO SURDO BRASILEIRO, que atualmente foi encampado pelo INEP. O PANDESB gerou uma complexa bateria de 15 testes que mapaeavam competências do desenvolvimento cognitivo e linguístico, fundamentoss para o rendimento escolar do aluno surdo.
As competências avaliadas para cada série escolar são leitura alfabética, compreensão da leitura de textos, qualidade da escrita alfabética, compreensão da leitura orofacial e compreensão de sinais de libras. Estabelecendo uma análise de parâmetros como função da intertação entre variáveis do educando como grau de perda auditiva, idade ocorrida e variáveis do sistema de ensino ( escola específica ou comum inclusiva) e língua (veículo de ensino e aprendizagem), O PANDESB descobriu qua a política de inclusão é benéfica para o deficiente auditivo e nociva ao surdo. Este se desenvolve muito mais na escola específica. Para o aluno surdo a língua mãe é a libras. Sendo assim este achado é ainda mais relevante, visto que o total de escolas desativadas são formadas por alunos surdos. A destivação destas escolas é um deserviço a estes educandos. É or este motivo que Fernando Capovilla afirma sua posição e defende a manutenção de escolas específicas para surdos.

O PAPEL DA AVALIAÇÃO

A escola tornou-se uma instituição que gasta mais tempo dizendo o que os alunos sabem do que fazendo-os avançar. É o que diz Philipe Pierrenoud, professor na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra.
Este dizer o que os alunos sabem se resume a notas informadas no boletim para simplesmente satisfazer os pais, afinal os mesmos na maioria das vezes não tem meios de interpretar informações sobre a aprendizagem de seus filhos sob uma perspectiva mais clínica, qualitativa, com relação a objetivos, níveis de domínio, linhas de progressões. Aos pais isso não importa. O apego as notas, além da familiaridade com esse sistema, tem a ver antes de tudo com o sentimento de que são indicadores claros e precisos das chances de êxito escolar.
No entanto, as notas mascaram os verdadeiros desafios. O desafio docente é antes de mais nada consiste me saber fazer um balanço analítico das aquisições, em medir o trajeto percorrido, em identificar os obstáculos e as resistências, em promover regulação. Na aquisição de notas está inserida uma questão. Os professores são capazes de regular de forma cada vez mais perspicaz as aprendizagens de seus alunos. Um professor não pode avaliar de maneira formativa se não souber com bastante precisão em que consiste os funcionamentos intelectuais a serem desenvolvidos em seus alunos, sua gênese e suas condições.
Formação didática precisa nas disciplinas ensinadas, conhecimento profundo das teorias do desenvolvimento e aprendizagem, domínio dos instrumentos de observação e diálogo metacognitivo são necessários para fazer do erro uma “ferramenta de ensinar” (Astolfi 1997).

ENTRE AS TEORIAS E A PRÁTICA

Em entrevista a revista Pátio, edição fev/abril 2009, o professor Fernando Becker da Faculdade de Educação da UFRGS, discorre sobre o tema teorias e práticas na sala de aula. Ele realiza estudos e analisa as concepções epistemológicas professadas pelos docentes de hoje e como se reflete nas suas práticas. Baseado na epistemologia genética de Piaget, Fernando Becker nos coloca quais são as contribuições atuais das diferentes abordagens teóricas sobre o aprendizado e qual o papel das ciências para nos auxiliar a compreender tais processos.
Segundo Becker, as psicologias do século XX vieram mostrar que a capacidade humana de conhecer e de aprender não está pronta no recém-nascido e também não está no meio social ou cultura. O ser humano não nasce inteligente, ele torna-se inteligente.É como sabemos a teoria do interacionismo. Conforme se apropria do que faz, ele modifica sua capacidade de aprender, produzindo não só sua consciência, mas a capacidade de produzir consciência.
Fernando Becker destaca as conquistas da neurologia, da genética e da informática as quais estão vinculadas à aprendizagem. Quanto a neurologia a contribuição está associada especialmente no que tange suas descobertas sobre a memória. A genética, por sua vez, levanta questões que afetam nossa compreensão da capacidade humana de conhecer e aprender. Conforme estudos realizados por Fernando Becker, a genética pode trazer subsídios importantes para compreender de que forma um organismo é capaz de processar informações e além disso criar conhecimentos novos e criar também a própria capacidade de conhecer. O porquê de um bebê precisar aprender tudo enquanto um animal sem aprendizagem consiga, por exemplo, identificar seu predador e estabelecer mecanismos de defesa frente a uma situação de perigo, de ameaça e garanta sua sobrevivência. O sentido da vida humana é aprender continuamente. A informática por sua vez tem, da mesma forma, tido papel fundamental na aprendizagem atual. Impossível pensar em aprendizagem sem pensar nos benefícios por ela proporcionados.
Na entrevista Fernando Becker é questionado também sobre contribuição dada pelas linhas teóricas para compreensão da aprendizagem atual. O professor explica que as mesmas estão agrupadas conforme o que propõe os vários teóricos no que se refere a educação e processo de aprendizagem. Há aqueles que atribuem a aprendizagem à pressão ambiental, as modificações ocorridas pelo organismo. Opondo-se a tal linha teórica estão aqueles que valorizam os caracteres inatos, ignorando totalmente os fatores ambientais.
Questionado sobre uma teoria intermediária, Fernando Becker cita a linha teórica a qual determina que a evolução do conhecimento e aprendizagem às ações dos indivíduos.
Finalizando a entrevista, Fernando Becker responde às questões relacionadas aos motivos que levam escolas e professores resistirem a se apropriar dessas contribuições e como modificar isso. Becker responde que uma teoria científica requer demorados estudos a fim de realmente ser compreendida. Enquanto não houver tal compreensão, a probabilidade de se cometer equívocos é muito grande. A escola, porém afirma Becker necessita de uma formação docente profunda, rigorosa e contínua, que supere a pedagogia da repetição, produzindo docentes capazes de criar, de inventar conforme os desafios dos novos tempos. É preciso desmistificar a idéia de que teoria na prática não funciona. De que estudar teoria é perda de tempo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ACRESCENTANDO AO TEXTO ANTERIOR

Por falha minha na pressa de publicar já que estava em cima da hora para começar o 2º turno de trabalho(estou sem computador em casa, foi para o conserto), omiti o final do texto que transcrevo agora. São os dois parágrafos finais.
Algumas instituições já investem nesta metodologia baseada na interdisciplinaridade e investem na qualificação contínua de sua equipe de profissionais. No entanto são colégios de elite que possuem toda a infraestrutura necessária para o aprefeiçoamento dos professores, bem como nos recursos necessários para uma aprendizagem de qualidade.
É importante sim tais mudanças, porém deve abranger todas as instituições educacionais, de todos os cantos do país, especialmente as públicas. Não adianta promover estas mudanças no papel e não colocá-las efetivamnete em prática.
Muito da educação depende do comprometimento do professor, mas muito também das entidades mantenedoras. Caso contrário, as diferenças entre alunos das escolas públicas e das particulares continuará significativa e dar-se-á continuidade a uma educação excludente que privilegia apenas grupos minoritários da sociedade.

observação

Ao identificar a que disciplina se refere o texto postado coloquei apenas para Didática, porém o mesmo tem a ver também com a disciplina de Linguagem e Educação, por isso estou fazendo a correção.

As mudanças na educação brasileira

Em matéria publicada na revista "Isto é" de 16/09/09, aponta-se as mudanças que devem acontecer na educação brasileira nos próximos anos, começando pela Educação Infantil.
O ponto de partida para tias mudanças será o ENEM, que mudara o enfoque de seu exame anual. A preocupação será com ainterdisciplinaridade e valorização do pensamento. Como diz na reportagem, educadores e governo esqueceram que o ser humano é um conjunto e não um ser fragmentado. Sendo assi, para interagir de modo saudável é necessário a compreensão ampla do cotidiano e o mundo que o cerca. Pensar ao invés de memorizar.
O ensino brasileiro tem resultados tão negativos, a ponto de se classificado abaixo de 50º e 40º lugares em matemática,l ciências e leitura respectivamente segundo o instituto que avalia a educação mundial. Isso acontece justamente por propor durante décadas um ensino com excesso de disciplinas transmitidas de forma fragmentada, sem estabeelcer qualquer relação entre elas. Resultado: um aprendizado pouco eficiente na vida prática.
Entra nesta questão o letramento, que consiste em ensinar a ler e escrever compreendendo a essência dos exercícios, contextualizando-os. E esta mudança passa obviamnete pelos professores que devem criar uma consciência reflexiva sobre o que ensinar, para que ensinam. É fundamental o professor perceber que o aluno de hoje é muito diferente do aluno de 20, 30, 40 anos atrás. O aluno de hoje está cercado de possibilidades, de agentes promotores da aprendizagem, graças a tecnologia. O que falta é aprender a organizar tanta informação.
É exatamente aí que entra o papel do professor. Se tornar um facilitador deste processo, um condutor, um orientador. O professor não pode ignorar a capacidade de quem consegue chegar ao resultado por outros caminhos. As qualidades do professor atual está na capacidade de interagir com seus alunos e promover o questionamento. E não no autoritarismo, incapaz de reconhcer e valorizar o o letramneto social que o aluno traz de outros agentes promotres deste processo. A escola não pode continuar isolada, achando que é a única fonte de conhcimento. De que adianta tal conhecimento, se não tiver um aproveitamento prático, significativo, que oportunize ao aluno o desenvolvimento pleno?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dossiê de inclusão


Estudo realizado na disciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais

quinta-feira, 21 de maio de 2009

trabalho de aluna para ilustrar relato anterior


INTERFERÊNCIAS E SUPERAÇÕES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM




Através de toda a fundamentação teórica que estamos tendo com as disciplinas de psicologia de psicologia e EPNEE, oude traçar um paralwlo entre ambas.


As duas interdisciplinas se interligam na medida em que a 1ª traz as questões pertinentes aos estágios do desenvolvimento cognitivo e as interferências que podem sofrer pela bagagem genética e o meio pelo qual o indivíduo está inserido. Tal afirmação baseia-se nos estudos de Jean Piaget e a teoria do interacionismo.


Já a 2ª interdisciplina traz os elementos mencionados anteriormente, ou seja, toda a problemática que encontramos ao nos depararmos com um aluno que apresenta necessidades educacionais especiais. Necessidades estas decorrentes de fatores orgânicos, psicológicos e emocionais. As várias síndromes, os transtornos invasivos do desenvolvimento(psicóticos, altistas...) as altas habilidades/superdotação, deficiência auditiva, visual, mental, física, deficiências múltiplas, surdez, surdocegueira e os alunos instáveis emocionalmente são obstáculos a serem vencidos.


O fator emocional por si só não configura um aluno com NEE, visto que ele pode não apresentar nenhuma deficiência cognitiva. No entanto, o desequilíbrio emocional pode bloquear o andamento normal da aprendizagem. Sendo assim, o aluno necessita de um apoio especializado a fim de superar ou amenizar tal problema.


Pontuo tal aspecto pois temos uma situação bastante grave este ano na escola. Um aluno que está conosco desde a 1ª série. Desde o início ele sinalizou para um possível distúrbio emocional. Todavia tal comportamento refletia-se nas 1ªs semanas de aula. Até aí nada demais, afinal é comum crianças apresentarem tal comportamento no início de sua vida escolar. Esporadicamente aconteceu durante o decorrer doa no letivo. Na 2ª série o comportamento se repetiu. Porém este ano o problema se agravou. Ele chora deseperadamente quase todos os dias, já chegou a agredir a professora e mesmo fugir da escola. Sabe-se há problemas na família, como o alcolismo do pai, entre outras coisas que a família não permite que a escola tome conhecimento. Não entendemos por que age assim. O mais lógico seria ele naõ querer voltar para casa, afinal na escola está longe dos problemas que o atormentam, recebe atenção.


A escola já buscou auxílio junto as equipes de apoio da Secretaria, estando no agurado do encaminhamento deste menino para avaliação e acompanhamento.


Cognitivamente é um aluno sem miores problemas de aprendizagem, tem boa leitura, boa ecrita, logo se alfabetizou, tem boa compreensão dos conteúdos, é carinhoso com as professora e bom colega. Enfim em condições normais tem apresenta umboma proveitamento escolar. Porém em função desse comportamento instável, a professora dete ano já sinalizou para um desempenho aquém de suas possibilidades. Evidentemente por tal situação que enfrenta.


Já nossa aluna cadeirante e que também apresenta comprometimento neurológico em função da hidroencefalia, está evoluindo cognitivamente, dentro de suas possibilidades e limitações. Segundo a professora deste ano já avança para alfabetização melhor que outros colegas , levando em consideração o comprometimento que ela tem e os demais não.


Muito dessa evolução está no atendimento que recebe desde os primeiros meses de vida, os esímulos, envolvimento da família em fazer os encaminhamentos e atendimentos necessários. Além disso em casa tem um ambiente tranquilo, onde é tratada com amor , carinho e dentro das condições da família tem uma boa alimentação, roupa de acordo, medicação quando necessário, brinquedos. Na escola, na vizinhança é tratada com respeito e bem acolhida. Enfim fatores que são necessários para um bom desenvolvimento de uma criança. Para evidenciar tal relato, postarei aqui uma de suas produções que foi cedida pela professora.





segunda-feira, 27 de abril de 2009

VIVÊNCIAS

Ainda a questão da interferência do meio social como um dos fatores que retardam ou aceleram o desnvolvimento cognitivo, tomei meu afilhado como exemplo de que as oportunidades servem de estímulo para que o processo aconteça. Meu afilhado é uma criança com inteligência normal, naõ é nenhum gênio mas diante das vivências que já teve, tem uma visão do cotidiano bem elaborada, possui uma boa compreensão. Isso se deve em grande parte as oportunidades que recebe. Pratica esportes, acompanha os pais em muitos eventos, frequenta lugares diferentes, viaja bastante.Ele consegue, então, estabelecer uma relação entre a aprendizagem fora e dentro da escola. Os conteúdos em sala de aula passam a ter uma significação. Se vivesse um outra realidade possivelmente o processo de desenvolvimento acontecesse de forma masi gradativa. Quem sabe quantos de nossos alunos possuem as mesmas potencialidades , no entanto saõ prejudicados pela realidadeque os cerca.

DEPOIMENTO

Com o objetivo de conhecer melhor este mundo das necessidades especiais e contribuir para mina aprendizagem, solicitei a filha de uma colega, que é fisioterapeuta, um pequeno relato à cerca deste tema. Coloco aqui suas considerações, bem como as perguntas elaboradas por mim.
1) De que forma a fisioterapia contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma criança com algum tipo de deficiência mental ou física?
A estimulação precoce é de suma importância para uma criança com atraso no desenvolvimento psicomotor. Conforme burns McDonalds (1999), toda criança possui personalidade própria e sua maneira individual de reagir aos estímulos provenientes do ambiente e de responder as possibilidades proporcionadas por meio de seus órgãos sensoriais. Cada criança tem seu ritmo de desnvolvimento que deve ser percebido e respeitado pelo terapeuta e pela família.
A fisioterapia tem o papel de proporcionar à criança a possibilidade de rcuperar ou construir seu lugar como pessoa. Cda estímulo visa a criança como um todo. Cada ação tem múltiplas rações para o desenvolvimento, por mínima que seja é valiosa e fundamental.
2) Que considerações se deve fazer antes de iniciar o tratamento?
Primeiro conhecer a criança com uma minunciosa avaliação fisioterapêutica, diagnosticamos os pontos que necessitamos trabalhar. depois, o vínculo com a criança é fundamnetal, toda criança tem seu limite e precisa ser respeitada.
3) Como estas crianças são emocionalmente?
Geralmente são carinhosas, amáveis, de fácil convivência. O vínculo terapeuta-criançafica tão estreito que torna-se uma relação única, mas não esquecendo que às vezes temos que impor limites, pois todo atendimento é com o brincar diário da criança

POR QUE ESTUDAR FILOSOFIA?

Encontrei um material muito interessante sobre Filosofia e quero compartilhar com colegas e professores. De foram objetiva e sintetizada o artigo traz algumas considerações sobre esta ciência do conhecimento, bem como sua incorporação as disciplinas do Ensino Médio. Segue aqui alguns apontamentos que considerei bastante pertinentes e contribuirão para minha aprendizagem nas temáticas abordadas.
"Desde os anos de 1980 debate-se a inclusão de Filosofia e Sociologia como disciplinas do Ensino Médio. Em dezembro de 1996 foi aprovada a lei 9394/96, que determina o acesso aos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania. Porém somente em 2006 o Conselho Nacional de Educação aprovou a resolução, obrigando que esses conhecimentos devessem estar disciplinarmente inseridos no currículo. Segundo um dos artigos desta lei um dos objetivos da Filosofia consiste no aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desnvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. A Filosofia busca uma formação que não propicia ao jovem um mero enriquecimento intelectual, mas que é parte de uma proposta de ensino que pretende desenvolver a capacidade para responder às questões vindas das mais variadas situações vividas em nosso contexto contemporâneo. O jovem é conduzido a fazer, ele mesmo, a experiência do pensamento e não apenas assimilar conteúdos.
Filosofar nos convida a criar e recriar ideias e interrogações. Filosofar exige um reexame contínuo de tudo aquilo que já sabemos, e a por entre parênteses o já sabido. Se as ideias, as perguntas e o nosso modo de pensar se modificam, então a vida, ou a significação que temos dela , poderá nos indicar um sentido renovado, uma direção para construirmos a nós mesmos e a nossa história.
De todas as aventuras da humanidade, talvez a maior delas consiste em ser você mesmo, alguém único e insubistituível, pois em cada ser humano que vive, vive com ele uma possibilidade única da humanidade. Mas para ir além de uma mera possibilidade, cada um deverá construir suas lentes, seu modo de ver e sentir o mundo com cuidado, com coerência, com sentido, para que possa conhecer a si mesmo, ampliando suas potências e tornando-as realidade. As ideias servem também para que possamos nos ver e, delimitam a amplitude da nossa capacidade de dar sentido à vida.

POR QUE ESTUDAR FILOSOFIA?

ESTÁDIOS DA APRENDIZAGEM

O trabalho sobre estádios do desenvolvimento, veio de encontro ao que pensava sobre o desenvolvimento cognitivo dos alunos com os quais trabalho.Após a realização deste trabalho consegui compreender melhor certas dificuldades. Segundo a teoria piagetiana os estádios do desnvolvimento variam de um sujeito para aoutro, em função da experiência anterior do indivíduo, do meio social, que pode acelerar ou retardar o aparecimento de um estádio ou mesmo impedir sua manifestação. Destaquei estas palavras porque pela experiência que tenho com esta clientela, acreito ser este o fator priomordial que interfere no desenvolvimento cognitivo dos mesmos. Nossos alunos em grande parte vivem uma realidade bastante limitada. Eles naõ recebem estímulos para despertar suas potencialidades. Boa parte tem acesso ao computador, a livros, revistas apenas na escola, já que em casa isso não acontece. Os pais dessas crianças também foram criados nessa realidade e então repetem comportamentos e atitudes.
O contato com outras culturas, com pessoas diferentes, a frequencia a lugares diversificados como parques, cinema, teatro, restaurantes, passeios ao ar livre é precário ou inexistente. Isso dificulta a compreensão de mundo, do cotidiano que os cercam e acaba interferindo no aprendizado escolar. Como compreender o que a professora diz se lhes falta um experiência anterior?

domingo, 19 de abril de 2009

DIVERSIDADE


"Um é feioso

Outro é bonito

Um é certinho

Outro, esquisito


Um carrancudo

Outro, tristonho

Um divertido

Outro, enfadonho

De pele clara

De pele escura

Um, fala branda

O outro, dura


Olho redondo

Olho puxado

Nariz pontudo

Ou arrebitado


Um é bem jovem

Outro, de idade

Nada é defeito

nem qualidade


Tudo é humano,

Bem diferente

Assim, assado

Todos são gente


D I V E R S I D A D E é que é legal!



Esses são alguns versos do livro de Tatiana Belinky para faalr de difernças com as crianças de forma muito divertidadae e leve. Leva as crianças a pensar sobre o assunto e fazê-las perceberem as qualidades que cada pessoa tem independente de sua raça, de seu tipo físico, de suas características psicolágicas.


Este é o outro livro dele, o qual usarei uma das lendas para hora do conto nesta semana.


Este é um dos livros de Daniel Munduruku que mencionei. Este traz aspectos da vida indígena.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Daniel Munduruku para crianças

Gostaria de deixar registrado aqui no blog, dois livros destinados às crianças, de autoria de Daniel Munduruku que fazem parte do acervo da boblioteca de nossa escola.
Os livros intitulados Catando piolhos , contando histórias e As serpentes que roubaram a noite e outros mitos revelam aspectos da cultura indígena.
O primeiro trata das questões pertinentes a vida na aldeia. A relação com o Meio Ambiente, a figura do pajé, os ensinamentos às crianças, hábitos, as responsabilidades de todos. O livro em forma de narrativa, tem como personagem uma criança indígena que vai a cada capítulo explanando as singularidades da cultura indígena, como se estivese dialogando com o leitor.
O segundo traz lendas relacionadas ao surgimento da noite, o surgimento dos cães e algumas histórias parecidas com contos que conhecemos como João a Maria.
E foi deste livro que escolhi uma das histórias que preparei para Hora do Conto da próxima semana:" A morte da velha bruxa".
Ao finalizar o trabalho na próxima semana relatarei aqui como as crianças receberam a história bem como atividades iniciais e complementares.

CRIANÇAS ESPECIAIS

Este é um dos títulos de uma das coleções infantis intitulada "SAÚDE E HIGIENE PARA CRIANÇAS" que nossa escola possui. De forma clara e direta, usando uma linguagem de fácil compreensão para nossos alunos, o livro traz algumas explicações acerca do asssunto CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS. O livro inicia com um pensamento que logo remete a uma reflexão: Todo o mundo tem um jeito de ser. Amigos de verdade convivem bem com suas diferenças!
Com desenhos coloridos o livro fala sobre os tipos de deficiência, explicação sobre a Síndrome de Down, maneiras de amenizar tais dificuldades e problemas que o deficiente brasileiro enfrenta para exercer sua cidadania.Além de algumas curiosidades como: a mulher que atravessou o Canal da Mancha de barco à vela, sendo que o mesmo era comandado pela sua respiração, já que por causa de uma doença seus movimentos foram limitados a cabeça, boca e olhos. Com este feito ele ganhou dinheiro pra ensinar outros deficientes a velejar. O golbol, uma da adaptação do futebol para deficientes visuais. O desempenho do nadador brasileiro Clodolado Silva, talvez o maior exemplo de superação no esporte brasileiro, comprovada com suas 6 medalhas em Atenas em 2004. E a história da paraolimpíada, idealizada pelo neurologista britânico Ludwig Gutmann em 1948. Através destes exemplos os alunos descobrem que a limitação não impede alguém de ser feliz, de alcançar seus objetivos, pelo contrário a motivam a superá-las e assim conquistar o principal: a vitória sobre si mesmo. Portanto são merecedoras de todo o respeito e exemplo para nós ditos "normais".