segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

REFLEXÃO 7º SEMESTRE

Desde que leciono e lá se vão 20 anos, uma das questões que mais gera polêmica e motivo para debates nas reuniões pedagógicas é sem dúvida a avaliação. O que significa avaliar, como avaliar, cuidados que se deve tomar. Enfim uma gama de problematizações. Não há uma receita pronta, totalmente eficaz que diga: “esta é a forma correta de avaliar.
Contudo, chega-se a pelo menos um ponto convergente.: de que a avaliação não pode se basear apenas em notas, ou seja, uma avaliação puramente medidora. O aluno é mais do que um somatório de notas. Tal procedimento traz apenas o resultado final e não o desenvolvimento do processo, a maneira pela qual o aluno chegou até ali. A nota 60 de um aluno pode não ter o mesmo significado para outro aluno, visto que cada um constrói seu caminho ao longo do processo. Cada qual com suas limitações, avanços e entendimento muito particular.
Sendo assim é necessário o professor se avaliar constantemente e procurar estratégias que contribuam para uma avaliação justa.
Nesta interdisciplina referente a avaliação aprendemos que a avaliação deve ser qualitativa, respeitando o progresso de cada educando e não quantitativa.
E isto implica ao professor um profundo conhecimento das teorias do desenvolvimento e aprendizagem, domínio dos instrumentos de observação e diálogo metacognitivo para transformar o “erro” em um modo, um instrumento para ensinar.
É isto que falta nas nossas escolas, ampliar a visão sobre o significado de avaliação. Só assim poderemos de fato contribuir para a aprendizagem e conseqüente sucesso de nossas crianças e jovens.

domingo, 7 de novembro de 2010

REFLEXÃO 6º SEMESTRE

ESTÁDIOS DE APRENDIZAGEM

Finalizando, neste semestre darei ênfase a duas interdisciplinas com as quais pode estabelecer uma relação: Desenvolvimento da aprendizagem sob enfoque da Psicologia e Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.
A 1ª traz questões pertinentes aos estágios do desenvolvimento cognitivo e as interferências que podem sofrer pela bagagem genética e o meio pelo qual o indivíduo está inserido. Tal afirmação baseia-se nos estudos de Jean Piaget e a teoria do interacionismo.
Já a 2ª aborda os elementos mencionados anteriormente, além de toda a problemática que encontramos ao nos depararmos com um aluno que apresenta necessidades educacionais especiais. Necessidades estas decorrentes de fatores orgânicos, psicológicos e emocionais. As várias síndromes, os transtornos invasivos do desenvolvimento(psicóticos, altistas...) as altas habilidades/superdotação, deficiência auditiva, visual, mental, física, deficiências múltiplas, surdez, surdocegueira e os alunos instáveis emocionalmente são obstáculos a serem vencidos.
Sendo assim penso ser de fundamental importância que as escolas proporcionem habitualmente cursos e formação sobre psicologia na educação a fim de podermos compreender melhor este aluno com necessidades especiais. Não basta inserir este aluno na educação regular, é necessário dar todo o suporte que auxilie o desenvolvimento da criança. E este suporte passa fundamentalmente pela formação do professor. Não adianta apenas o professor se capacitar se no dia –a- dia ele não encontra o suporte para desenvolver seu trabalho.
Cada vez mais precisamos estar conectados com a informação, abertos as novas demandas que educação atual propõe, e é claro bem preparados para a condução do processo de aprendizagem destas crianças e jovens.

REFLEXÃO 5º SEMESTRE

Como entrei no PEAD na 2ª chamada, as interdisciplinas do eixo 1 foram distribuídas dentro dos eixos subseqüentes. A interdisciplina ESCOLA CULTURA E SOCIEDADE entrou no 5º semestre e é sobre esta que vou fazer minha reflexão.
Dentre os vários temas abordados, encontrei uma reportagem que ilustrava as teorias estudadas e a coloquei no blog. A questão da estrutura familiar a aprendizagem escolar. Quando fiz tal postagem não imaginava que esta seria a temática que desenvolveria no tcc.
Para fazer esta reflexão retornei obviamente ao blog e reli o que tinha escrito. A abordagem feita complementa as questões por mim abordadas no tcc.
Segundo pesquisa realizada, como relatei na síntese da reportagem, 70% do sucesso escolar está na família. Claro que a escola exerce um papel importantíssimo, contudo a base está na família, a 1ª instituição, o 1ºgrupo social pelo qual passa todo o ser humano. E quando se fala em família não se está fazendo referência a constituição tradicional, já que atualmente há muitos modelos familiares. O importante não é a configuração mas sim os aportes afetivos, morais e éticos que ela seja capaz de passar a seus membros.
Conforme a pesquisa independente da sua configuração,a família terá um desempenho melhor do que aquele que não a tem. Além disso, a experiência na área comprova que aquele que no cotidiano conta com o acompanhamento dos responsáveis apresenta um desempenho melhor. E isto independe da faixa etária. Nos primeiros anos o acompanhamento deve ser diário. A pré-adolescência é outro período diferenciado que também merece atenção especial.
Também conforme a pesquisa, o nível de escolaridade do pai e da mãe, a renda familiar, o tipo de moradia e o acesso a bens culturais estão entre os principais fatores que contribuem como resultados escolares. Todo o resto acaba derivando disso. Os levantamentos mostram que o aluno já chega à escola com diferenças que fazem com que ele tenha resultados maiores ou menores. Ou seja, sua condição e estrutura familiar já o colocam em vantagem ou desvantagem desde o início do Ensino Fundamental.
Tal pesquisa contradiz o que dizem outras fontes sobre as quais norteei meu tcc, o fato de que o nível sócio-econômico não é preponderante no sucesso escolar dos filhos, visto que mesmo em famílias de baixa renda, muitas delas demonstram preocupação com um bom desempenho escolar de seus filhos, procurando serem participativas na condução do processo.
Creio que as duas linhas de pensamentos têm seus acertos. O nível sócio – econômico influi à medida em que a criança tem mais acesso a outros grupos sociais, possibilitando diversas interações e com isso ampliando sua visão do cotidiano, do espaço. Porém famílias que não podem oferecer a seus filhos os mesmos recursos, mas que têm consciência do que significa a educação para o desenvolvimento da criança saberão criar estratégias para suprir estas limitações, incentivando, por exemplo, que a criança participe de atividades diferenciadas que a escola proporcione, como saídas de campo, passeios, teatros, feiras, entre outros.

Reflexão 4º semestre

No 4º semestre dentre as interdisciplinas desenvolvidas, gostaria de destacar a representação do mundo pelos Estudos Sociais.
Dou ênfase a esta interdisciplina por ser a que tenho maior identificação. Como relatei em uma postagem do blog, Geografia e História sempre foram minhas disciplinas favoritas. O interesse em conhecer sobre outros lugares, seus aspectos históricos, culturais, humanos, geográficos me ir em busca de conhecimento através dos livros, revistas, programas de TV é algo que sempre me fascinou. Além do que sempre tive motivação em casa. Este interesse, por assim dizer, foi alimentado em boa parte pelos meus pais que costumavam ler à respeito, responder às minhas perguntas,contavam seus saberes.
Levei este gosto para minha prática pedagógica, contudo desenvolvia minhas aulas de forma muito tradicional, da mesma forma com a qual aprendera. Memorização de conteúdos e não assimilação pela construção, pela interação, pelas vivências trazidas anteriormente. No entanto a resposta obtida era muito diferente. Eu apesar de ter sido ensinada de forma tradicional, tinha o interesse de ir além e o fazia por conta própria. No entanto não observava o mesmo dos alunos. Não havia curiosidade por parte deles em conhecer, saber sobre o cotidiano que os cercava e tampouco suas origens. É uma questão cultural. Não possuem uma referência. Além do mais estão acostumados a receber tudo, a terem suas necessidades principais atendidas, mesmo que de forma precária, graças ao assistencialismo que domina as esferas da política brasileira.Contentam-se com o pouco. Não sentem-se parte integrante da sociedade, portanto se eximem de qualquer compromisso, de qualquer responsabilidade. Só existe o mundo em que vivem. Foi a esta conclusão que cheguei e partindo dali busquei novas estratégias para que os alunos entendessem o significado e a importância desta disciplina. E então ao introduzir cada novo conteúdo, procurava associá-lo ao conhecimento prévio dos alunos. Os resultados obtidos foram aos poucos melhorando, porém ainda está longe do ideal, pois as vivências que os alunos têm são pouco consistentes.
Sigo, porém esta linha, pois é desta forma que os conteúdos se aproximam dos alunos, tornando a aprendizagem mais significativa e interessante. E é neste ponto que a interdisciplina vêm me ajudando a aperfeiçoar minha prática. Através de uma fundamentação teórica consistente e não apenas apoiada na minha experiência, posso tornar as aulas mais prazeirosas e proveitosas, fazendo desta forma, que o objetivo a que os Estudos Sociais se destina, seja devidamente alcançado, transformar situações pela atuação cidadã dos alunos.

domingo, 10 de outubro de 2010

REFELXÃO 3º SEMESTRE

3ª POSTAGEM

De todas a s novas aprendizagens que obtive neste semestre a mais significativa foi sem dúvida a disciplina de Tics. Quando iniciei o curso de pedagogia fiquei feliz mas a o mesmo tempo apreensiva, pois o curso baseado todo nesta tecnologia se constituía em um grande desafio para mim. Minha familiaridade com o computador era apenas em digitar textos no word e mais nada. Nem e-mail eu tinha. É claro comecei com muitas dificuldades.
Ao iniciar a disciplina, as impressões que tinha é que não conseguiria domina-la, tanto eram as informações. Mas a persistência e ajuda constante da tutora foram fazendo com que eu superasse as dificuldades. Não apenas profissionalmente mas também pessoalmente a disciplina veio acrescentar a muito a minha aprendizagem. Descobri novas possibilidades . Desenvolvi uma nova autonomia quanto ao uso desta tecnologia. Hoje quando trabalho na sala de informática com meus alunos, consigo ajudá-los, orientá-los, pois tenho o domínio de algumas ferramentas. Quando a colega de laboratório ou outra colega mais familiarizada com esta tecnologia conversa comigo ou me explica algo, já consigo discernir, compreender melhor. Com certeza a Flávia do início do PEAD e a Flávia de hoje, concluindo o curso são bem diferentes. Obviamente tenho muito a descobrir, mas avancei bastante, já não é mais um universo distante, desconhecido, incompreensível. Me sinto como alguém que depois de adulto adquiriu a apropriação e conhecimento da leitura escrita e portanto está mais segura para interagir com o mundo que o cerca, já que agora tem um comportamento diferenciado, mais questionador, autônomo e não mero expectador, sem consciência crítica dos fatos e de sua ação sobre o meio.

REFLEXÃO 2º SEMESTRE

2ª POSTAGEM

A maior contribuição que este semestre me proporcionou esteve relacionado às disciplinas de Escola Projeto Pedagógico e Currículo e Teatro, uma vez que em 2007 tinha era entre outras atribuições responsável pelo grupo de teatro da escola.
Quanto a 1ª disciplina, nesta época estávamos refazendo o PPP. Os textos abordados nesta disciplina, as reflexões realizadas forma muito úteis nas reuniões realizadas na escola. Auxiliaram no aporte teórico que necessitávamos para direcionarmos o caminho na construção do documento da escola. De minha parte me senti mais segura para poder dar minha contribuição na elaboração do projeto. Necessitávamos de novas idéias, novas teorias, mais modernas, contemporâneas, que correspondessem e atendessem a realidade da educação atual.
No que se refere a disciplina de teatro, só veio a acrescentar e enriquecer as atividades que vinha realizando. Baseada na teoria recebida pude repensar minha prática. Constatei que em muitos aspectos estava agindo corretamente. Outras atividades, porém, percebi que poderia desenvolver de forma diferente. E assim foi o que fiz quando iniciamos o ano letivo de 2008. Continuei com o projeto e pude aplicar na prática o que tinha aprendido anteriormente.

REFLEXÃO 1º SEMESTRE

1º SEMESTRE

Compararia as aprendizagens realizadas neste semestre com um aluno que está iniciando o processo de alfabetização, descobrindo o mundo das letras, o seu significado. Tudo é novo, surpreendente. À medida que o processo tem continuidade o aluno vai compreendendo o significado dos seus códigos, realiza associações.
No meu caso ao estudar sobre os fundamentos da alfabetização, fui no decorrer da disciplina compreendendo como se dá este processo, como a criança interage, interpreta. Um mundo novo se abriu para mim, já que nestes anos de magistério nunca trabalhei com classes de alfabetização, apenas com séries maiores (antigas 3ª, 4ª e 5ª séries). Também no início da minha carreira docente, atuei com 2ª série. No entanto, como tive uma turma que já recebi, em sua maioria com bom domínio da leitura e escrita, era só seguir o processo. No que se refere a este assunto, reflito sobre os poucos alunos de 2ª série que não estavam alfabetizados. Por inexperiência e falta de conhecimento, não consegui ajudá-los a superarem suas deficiências. Penso que se tivesse mais experiência e também mais embasamento teórico, como recebi nesta disciplina, compreenderia melhor as dificuldades de aprendizagem e encontraria novas estratégias que pudessem ajuda-los a encaminhar melhor o processo de alfabetização.
Enfim, familiarizada com estas teorias, tendo conhecimento destes fundamentos, mesmo não trabalhando com turmas de alfabetização, agora posso ter um melhor entendimento do que se processa com dois de meus alunos de 4º ano e que não estão alfabetizados. O fato de não terem conseguido assimilar o processo se deve entre outras coisas na falha da condução do processo. Falha, talvez não seria a palavra correta,mas enfim conseqüência de outros elementos sociais, culturais e até econômicos que interferem no processo do letramento e por sua vez no desenvolvimento da alfabetização.