domingo, 8 de novembro de 2009

AVALIAÇÃO PARA ALUNOS NÃO OUVINTES

Segundo Fernando Capovilla, professor do Instituto de Psicologia da USP, o melhor modelo para o aluno surdo está na articulação entre a educação principal em libras e o português escrito na escola específica para surdos e a educação complementar com inclusão na escola comum.
Infelizmente a avaliação sistemática da educação especial vem deixando a criança com deficiência à margem do processo e de seus benefícios, incluindo também a educação para surdos.
A ausência de dados à respeito inviabiliza a avaliação sistemática dos resultados das políticas que tem tido forte impacto sobre a vida das crianças. A desativação das escolas específicas para surdos e a disperção destes educandos para a escola comum que geralmente não estão preparadas para inclusão, prejudica a evolução dos educandos.
Para tentar atenuar o efeito dessas políticas foi criado pela USP o PROGRAMA DE AVALIAÇÃO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DO SURDO BRASILEIRO, que atualmente foi encampado pelo INEP. O PANDESB gerou uma complexa bateria de 15 testes que mapaeavam competências do desenvolvimento cognitivo e linguístico, fundamentoss para o rendimento escolar do aluno surdo.
As competências avaliadas para cada série escolar são leitura alfabética, compreensão da leitura de textos, qualidade da escrita alfabética, compreensão da leitura orofacial e compreensão de sinais de libras. Estabelecendo uma análise de parâmetros como função da intertação entre variáveis do educando como grau de perda auditiva, idade ocorrida e variáveis do sistema de ensino ( escola específica ou comum inclusiva) e língua (veículo de ensino e aprendizagem), O PANDESB descobriu qua a política de inclusão é benéfica para o deficiente auditivo e nociva ao surdo. Este se desenvolve muito mais na escola específica. Para o aluno surdo a língua mãe é a libras. Sendo assim este achado é ainda mais relevante, visto que o total de escolas desativadas são formadas por alunos surdos. A destivação destas escolas é um deserviço a estes educandos. É or este motivo que Fernando Capovilla afirma sua posição e defende a manutenção de escolas específicas para surdos.

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