domingo, 26 de outubro de 2008

dialetos brasileiros

O nosso trabalho de projetos de apeendizagem é sobre idiomas o que permite uma série de desdobramentos, visto que o assunto é bastante complexo. Eu particularmente adorei realizar este trabalho.Pois me permitiu saber um pouco mais. Gosto de ouvir e conversar com pessoas de outros estados. Esta diversidade dentro de um único país, mostra a riqueza cultural que temos. Segue aqui um pouco do dialeto "baianês" e "gauchês".
GAUCHÊS
ancinho = rastilho, rastelo, ciscador, catador de folhas
aprochegar = aproximar-se, chegar perto;
aspa = chifre
aspaço / aspada= chifrada
atucanado = atrapalhado, cheio de problemas;
baita = grande, crescido;
bergamota = tangerina;
borracho = bêbado;
branquinho = beijinho (doce);
brigadiano = policial militar
cacetinho = pão francês;
cancheiro = pessoa que tem experiência e/ou habilidade em alguma coisa
carpim = meia de homem
chapa = radiografia
chapa = dentadura
chavear = trancar com a chave;
china = mulher;
chinaredo = bordel; onde fica o chinaredo.
chinoca = prostituta;
colorado = torcedor do Internacional;
corpinho = sutiã;
cuecão = ceroula;
cuia (para mate)= parte da planta 'lagenaria vulgaris' usada para o chimarrão.
cupincha = camarada, companheiro, amigo;
cusco = cachorro, cão pequeno;
entrevero = mistura, desordem, confusão de pessoas, briga;
fatiota = terno;
folhinha = calendário;
gaudério = gaúcho;
guaipeca / guapeca= cachorro viralata.
guria = menina, moça;
lomba = ladeira;
melena = cabelo;
minuano = vento vindo do sul que trás as massas gélidas do Pólo Sul.
negrinho = brigadeiro (doce);
pandorga = papagaio, pipa;
parelho = liso, homogêneo;
patente = vaso sanitário;
pebolim = totó, fla-flu;
pechada = batida, trombada (entre automóveis)
pedro e paulo = dupla de policiais militares;
peleia = briga;
piá/guri = menino, garoto;
pila = palavra regional que dá nome a moeda nacional, no caso o Real (ex: 10 pila, 25 pila - usa-se sempre no singular);
prenda = mulher do gaúcho;
quebra-molas = lombada;
sarjeta = meio-fio;
sestear = dormir depois do almoço;
sinaleira = semáforo;
tchê = pessoa, "cara";
tercear ferro = lutar com adagas, facões ou facas grandes.
terneiro = bezerro;
trava = freio, breque;
tri = muito (ex: trilegal, tribonita);
veranear = passar o verão;
vivente = criatura viva, pessoa, indivíduo;
xirú= índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"



Expressões
agüentar o tirão = topar a parada, sustentar uma opinião;
andar pelas caronas = andar mal, estar em dificuldade;
arrastar a asa = enamorar-se;
botar os cachorros = falar mal de alguém;
chorar as pitangas = lamuriar-se;
dar com os burros n'água = dar-se mal, ser mal sucedido;
deitar nas cordas = fazer corpo mole;
de orelha em pé = atento, de sobreaviso;
de rédeas no chão = entregue, submisso, apaixonado;
de varde = de balde, em vão;
de vereda = imediatamente, já;
é tiro dado e bugio deitado = acertar de primeira; ter certeza do que faz;
entregar as fichas = ceder, concordar;
estar com o diabo no corpo = estar furioso, insuportável;
frio de renguear cusco = frio tão intenso que pode deixar um cachorro mancando;
índio velho = camarada;
ir aos pés = fazer as necessidades no vaso sanitário;
juntar os trapos = casar, viver junto;
lamber a cria = mimar o filho;
largar de mão = desistir, abandonar;
matar cachorro a grito = estar sem dinheiro, estar na miséria, viver com dificuldade;
meter a viola no saco = calar-se, desistir, acovardar-se;
morar para fora = morar no campo (fazenda, sítio ou vila pequena)
na ponta dos cascos = (estar) em posição excelente, pronto para atuar;
no mato sem cachorro = em dificuldade, em apuros;
olhar de cobra choca = olhar dissimulado;
se aprochegar = chegar mais próximo, se acomodar;
sentar o braço = surrar, espancar, esbofetetar, bater;
terneiro guacho = tomador de leite;
tomar uma camaçada de pau = apanhar;
tomar uma tunda de laço = apanhar;



Interjeições
Bah! = Nossa! - é primariamente, uma interjeição de espanto, mas pode ter outros usos, como, por exemplo, mostrar hesitação ao iniciar uma frase.
Capaz? = É mesmo?, Imagina! - indica espanto e dúvida ao mesmo tempo quanto ao que a pessoa acabou de ouvir.
Que tri! = Que legal!

BAIANÊS

“Fala meu rei!", diz um rapaz.

"Qualé a de mermo, meu irmão?", afirma um rapaz.

"Ô painho, você voltou, é você mesmo painho?", diz uma baiana.

Não há turista que resista a tanto aconchego. "Eu acho o sotaque baiano gostoso, engraçado, tem coisas que eu não entendo", diz a turista Beatriz Lopes.

"É uma herança africana grande parte desse vocabulário”, dizem os pesquisadores.

Quando chegaram à Bahia, os escravos adaptaram ao português expressões de suas línguas originais e nos mercados, nas feiras-livres de Salvador é onde mais se ouve esse dialeto, mas é uma zuada retada, isto é, um barulho danado.

E em meio à gritaria há sinônimos diferentes para qualquer situação.

“O negócio tá amarrado de corda”, diz o comerciante Roque dos Santos.

Amarrado de corda?

“É, fraco", explica o comerciante.

E se o freguês reclamar dos preços. “Baiano gosta mesmo é de bolacha quebrada, de pagar pouco, é canguinha.", diz a comerciante Leda de Jesus.

Essas pérolas são colecionadas por este engenheiro carioca. Ele é o autor do dicionário baianês que reúne mais de 1,5 mil palavras faladas só na Bahia.

"O resto do país se refere a um perfume barato, deve dizer: perfume vagabundo. Aqui você sabe: espanta nigrinha", diz o engenheiro Nivaldo Lariu.

A curiosa linguagem baiana foi parar no teatro. É parte de uma peça, há nove meses em cartaz, que faz uma reflexão sobre as origens da língua portuguesa.

"Aí eu ví uma vaga numa loja de computador. Aí eu fui lá ver qualé a de mermo.", diz o ator Urias Lima.

"Eu diria que o sotaque baiano é o tempero mais forte, é a pimenta da língua brasileira.", diz ele.

No palco, na praia, nas ruas. O sotaque baiano é um caldeirão de criatividade e bom humor.

"Ôxe! tá me filmando é? ó paí ó...", diz uma baiana.

Nenhum comentário: